Rodrigo b. Camacho, nascido em 1990 no Funchal, é criador e curador interdisciplinar. Como ensaísta, produz historiografia crítica de cariz filosófico e sociológico. Na produção artística, interessa-se por comunicação e por estruturas linguísticas e reescava incessantemente questões que se prendem com diversas formas de violência na produção e participação política. Os seus estudos em complexidade e emergência organizacional levam-no a tomar abordagens cada vez mais ecológicas nos projetos culturais que desenvolve nos campos das artes visuais e performativas, ainda que com especial foco na música experimental contemporânea.

Antes de se ter mudado para Londres, foi bolseiro de investigação, pelo Instituto Politécnico do Porto, no projeto Digitópia (Casa da Música, Porto, 2011/12). Em 2014, fundou o New Maker Ensemble, do qual, com Sara Rodrigues, é atual codiretor. Como compositor ganhou um British Composer Award com AMERICAN CANDY - What the hell is Yellow no. 6?!? (2013) e um Sound & Music Chagrin Award com THE PASSION FOR DESTRUCTION IS A CREATIVE PASSION TOO (2018). Teve ainda algumas peças encomendadas por ensembles e orquestras como o London Consort of Winds e a London Contemporary Chamber Orchestra.

Projetos recentes particularmente bem sucedidos são a instalação interativa PROBLEMA (Artsdepot, Londres, 2019; PORTA 33, Funchal, 2019), o programa de música contemporânea SISTEMA (IKLECTIK, Londres, 2019; Teatro Municipal Baltazar Dias, Fórum Machico, Centro Cultural John Dos Paços, Madeira, 2018), a instalação participativa TAXONOMIA, O ESTADO DAS COISAS (Galeria do Sol, Porto, 2018; PIPINOIR, Funchal, 2017), e a performance duracional FLUTUAÇÕES, MISSA PRO DEFUNCTIS (Art Night, Londres, 2019; Sismógrafo, Porto, 2018). O seu trabalho tem contado com reconhecimento e apoios de instituições como a Arts Council England, a European Cultural Foundation, a Arts and Humanities Research Council, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Goldsmiths University of London, a Câmara Municipal do Funchal e a Direção Regional da Cultura, entre outras.

Website: www.rodrigobcamacho.com

Sara Rodrigues (1990, Porto) é criadora e produtora interdisciplinar no campo da arte audiovisual, performance e instalação. Concluiu o mestrado em Belas Artes na Goldsmiths, University of London, onde assume a posição de Junior Fellow até 2020. A sua prática imersiva, recentemente conduzida por pesquisa, apresenta-se tanto em intervenções curtas como em projetos de longa duração. Compondo com estruturas abertas, explora a interceção entre humanos e os seus ecossistemas - micro e macro - e interessa-se não só pelas formas de afeto dentro do trabalho, mas também pelos possíveis efeitos fora deste.

Estudou Belas Artes na Sir John Cass School of Art em Londres, e licenciou-se também em música na Goldsmiths, University of London, dedicando-se sobretudo há composição contemporânea e arte sónica. É codiretora, desde 2014, do New Maker Ensemble, com Rodrigo B. Camacho, e do projeto curatorial nómada The LivingRoom, com Cristina Ramos. Tem apresentado trabalho ao longo dos últimos dez anos em lugares diversos, tanto em galerias e espaços projeto, como a Quadrado Azul, Porto e Lisboa, Sismógrafo e Galeria do Sol, Porto, EnclaveLab, Lewisham Art House e Chalton Gallery, Londres, assim como em instituições como a Casal Solleric, Fundaciò Palma Espai d’Art, Maiorca e South London Gallery. Residências incluem 1.ª Avendia, Porto, Open Field Residency no Cass, Londres, e o XXIII CSAV Laboratório Artístico, Fundação Antonio Ratti, Como. Com o New Maker Ensemble apresentou performances no South Bank Centre PureGold Festival, Rich Mix, Arebyte Gallery, Wellcome Collection, Londres, Ivy Arts Centre, Surrey e, mais recentemente, no Teatro Municipal Baltazar Dias, com apoio da Câmara Municipal do Funchal e da Direção Regional da Cultura. Outros projetos contaram com o apoio da Arts and Humanities Research Council, Fundação Calouste Gulbenkian e Goldsmiths, University of London. 

Também recentemente, apresentou a peça ’Flutuações: Missa Pro Defunctis’, com Rodrigo B. Camacho, no festival da Art Night, Londres, encomendada inicialmente pelo Sismógrafo e a Câmara Municipal de Gaia para o convento Corpus Christi. A publicação e documentação da peça ‘Allusion to a Body no Longer Present’ com Tyler Eash foi apresentada na Kunstraum, após a sua performance no festival Block Universe, St. Giles Church, Barbican e no lugar inicialmente produzido como projeto selecionado, Swiss Church in London. Outras peças publicadas encontram-se em livros coletivos como ‘A Return to the Island’ e ‘De Regreso a la Isla’ pela curadora Helena Lugo, e ‘How do We Make a We’, publicado pela Fondacione Ratti através da Motto Books.

Website: www.sara-rodrigues.com