Coordenação por Mariana Lemos
Escola do Porto Santo — 2023
DULCE I
"Dulce" é um encontro dançado entre gerações e memórias. Uma mulher, uma aparição, uma ventania,
um corpo que deseja instalar uma atmosfera pulsante de criação. Acontece no espaço da rua, da
Ilha, da Casa e com pessoas de gerações tão distintas que, ao fazerem parte deste acontecimento,
desperta-se o brilho nos olhos e uma possibilidade real de desfrutarem juntos com alegria, o
tempo presente!
CORPO LEVE LEVE
Sessões de trabalho de corpo, com jovens entre os 15 e os 20 anos, que partem do desejo de poder proporcionar uma experiência aberta de criação artística. A partir de um ambiente festivo e exploratório, nasce um espaço coletivo em que a dança, a música, a imagem visual e o desenho são modos de experimentar a criação. Com o intuito de colaborar e dar suporte a um caminho de autonomia do grupo, assim como contribuir para a construção de identidades com base em escolhas sensíveis, iniciamos este ATRAVESSAR lado-a-lado, numa fase estruturante da vida, como é a entrada na vida adulta.
VOZ E CANTO
Oficina de Voz e Canto, por Cristina Clara, vocacionada para grupos da comunidade propõe um caminho de exploração do ritmo, improvisação e interpretação a partir da canção popular e dos recursos aportados pelos próprios grupos envolvidos, assim como referências da memória colectiva local. A oficina inclui exercícios de exploração da voz e do corpo como instrumentos de criação e interpretação individual e em grupo. O processo...
Oficina de Voz e Canto
com Cristina Clara
Escola do Porto Santo — 12 e 13 de maio de 2023.
Com a participação do Coro da Universidade Sénior do Porto Santo e Coro
Infantil da Junta
de Freguesia do
Porto Santo.
2 horas com cada grupo.
Oficina de Voz e Canto vocacionada para grupos da comunidade propõe um caminho
de
exploração do ritmo, improvisação e interpretação a partir da canção
popular e dos
recursos aportados pelos próprios grupos envolvidos, assim como referências da
memória
colectiva local. A oficina inclui exercícios de exploração da voz e do corpo
como
instrumentos de criação e interpretação individual e em grupo. O processo
desenvolve-se
em três etapas fundamentais: aquecimento e improvisação livre com ritmo e
melodia; treino
rítmico a partir de temas propostos pelo grupo, do cancioneiro local;
aprendizagem e
arranjo de um tema proposto de outra região do país. Os temas usados para
estas sessões
foram "Que inveja tens tu das rosas" (tradicional alentejano) e Cantiga Bailada
(tradicional
da Beira Baixa). No final há apresentação ao grupo do tema trabalhado e
momento de
partilha livre sobre o processo/feedback.
Cristina Clara - biografia
Cantora e autora, é natural do Minho a norte de Portugal mas vive em Lisboa,
cidade para
onde se mudou em 2005. Foi na capital que se dedicou a estudar teatro, voz e
canto.
Interessa-se sobretudo por explorar os ritmos tradicionais, a poesia popular e a
canção
urbana de Lisboa e suas contemporâneas de Cabo Verde ou do Brasil. As
afinidades entre as
sonoridades dos 3 países fascinam-na mas também as diferenças e até os
contrastes são a
seu ver fonte de inspiração e riqueza. Desde 2020 que se dedicou a explorar
instrumentos
de percussão étnica tais como adufe, tracanholas e pandeiro quadrado que
integra tanto nos
seus concertos como nas oficinas. Como cantora lançou o seu disco de estreia
-Lua Adversa-
em 2021 distribuído pela Sony Music e desde então já atuou em palcos como
Fado Café no
NOS ALIVE, Há Fado no Cais no CCB ou Teatro da Trindade. Nestes últimos
concertos
partilhou o palco com convidados tais como Maria João (cantora
luso-mocambicana), Maria
Alice (cantora cabo-verdiana), Marco Mezquida (pianista espanhol) ou o Grupo de
Batucadeiras
Freirianas. Recentemente esteve na Casa de Portugal em S. Paulo no Brasil e na
Atlantic
Music Expo em Cabo Verde onde foi muito bem recebida pelo público e pela
crítica.
DULCE II
"Dulce" é um encontro dançado entre gerações e memórias. Uma mulher, uma aparição, uma ventania,
um corpo que deseja instalar uma atmosfera pulsante de criação. Acontece no espaço da rua, da
Ilha, da Casa e com pessoas de gerações tão distintas que, ao fazerem parte deste acontecimento,
desperta-se o brilho nos olhos e uma possibilidade real de desfrutarem juntos com alegria, o
tempo presente!
Biografias
Mariana Lemos 1979/Brasil.
Vive e trabalha desde 2004 em Portugal. É bailarina, professora, criadora e mediadora cultural há vinte anos. Apaixonada por colaborações, acredita numa prática artística plural em que os feminismos, a música, a educação e a performance tecem um caminho de experiências que refletem-se na sua biografia de vida e trabalho. Desde 2004 integra a equipa de fundo do c.e.m - centro em movimento, de onde emerge a sua prática artística. Acompanhada por Sofia Neuparth, desenvolve projetos e criações com diferentes faixas etárias e contextos sociais. Licenciada em Dança no ano de 2002 (UNICAMP/BR), Mestre em Metodologias do Ensino da Dança no ano de 2010 (ESD/Lisboa). Foi bolsista da FCG - Fundação Calouste Gulbenkian (2013/15) no Curso de Comunicação das Artes do Corpo na PUC/SP/Brasil. Como performer e bailarina já colaborou com Madalena Victorino (Festival TODOS) e Luís Castro (Karnart). Fez parte do surgimento do Coletivo Lagoa (2017) e acompanhou o nascimento da BAILEIA: projeto de arte-educação de Clara Bevilaqua e Guilherme Calegari. Em 2020 cria a afárá realizações artísticas: produtora cultural dedicada às artes performativas, especialmente nas relações entre música e dança. Faz a ponte entre artistas e projetos que têm na experimentação a sua força motriz. Dançou ao lado de improvisadores como Thiago França, João Valinho, Carla Santana, Yedo Gibson, Rodrigo Brandão, Felipe Zenicola, Mariana Camacho, José Lencastre, Maria da Rocha e Mané Fernandes. Com a violoncelista Raquel Reis cria o dueto Inclinar em 2021. Ao lado de Lysandra Domingues, criou e produziu projetos interdisciplinares com gravação/edição de discos de música experimental, com: Luís Vicente, Luke Stewart, John Dieckmann, Onno Govaert, Rodrigo Amado, Hernâni Faustino, entre outros artistas. Em 2020, a convite de Ana Mira, participa do projeto Coalescer, da PORTA 33. Na continuidade do trabalho junto desta estrutura, atualmente coordena o projeto ATRAVESSAR, criando e interagindo artisticamente com a comunidade da ilha do Porto Santo.