"DESPOLETAR" O AGIR
Implicar. Aprender. Cuidar. Incluir. — Práticas para a reinvenção da Escola e sua relação com o lugar
Escola do Porto Santo — Outubro 2022

"DESPOLETAR" O AGIR


Implicar. Aprender. Cuidar. Incluir. — Práticas para a reinvenção da Escola e sua relação com o lugar

"CURSO/MÓDULO FORMAÇÃO"
Formação Validada pela DRE
Total de horas:10h

Com o alto patrocínio da Secretaria Regional de Turismo e Cultura, o encontro visa enfatizar, divulgar e promover a qualidade arquitetónica da Antiga Escola da Vila, recentemente classificada de monumento de interesse público e, em simultâneo, propor práticas relacionais e participativas junto à comunidade, em especial a população escolar e as instituições sócio-culturais portosantenses, para manter ativo o seu valor afetivo, simbólico e identitário.

Convite à imersão, num encontro em que se juntam artistas, arquitetos, gestores, professores e mediadoras culturais, para falar da ESCOLA corpo aberto à soma dos lugares/afetos da ilha, na qual se regressa para renascer e (re)olhar. O que é inteiro pode ser universal.

PROGRAMA
Auditório do Centro Cultural e de Congressos do Porto Santo
com transmissão online

  • 14 de Outubro


    09h00 | Sessão de abertura
    Secretário Regional de Turismo e Cultura, Dr. Eduardo Jesus
    Presidente da Câmara Municipal do Porto Santo, Nuno Batista
    Susana Gouveia Jesus, Presidente do Conselho Diretivo da Secção Regional da Madeira da Ordem dos Arquitectos

    09h30 | Primeiro painel (Artes Visuais — Implicar)
    Ainhoa González, Carlos Bunga, Maurício Pestana Reis, Nicolás Paris, Nuno Faria
    Moderadora: Filipa Oliveira

    11h15 | intervalo

    11h30 | Segundo painel (Arquitetura — Aprender)
    Ana Pedro Ferreira, Ana Tostões, Francisco Adão da Fonseca, Paulo David, Pedro Ribeiro
    Moderador: Ricardo Carvalho

    13h15 | pausa almoço

    14h45 | Terceiro painel (Património — Cuidar)
    Fernanda Fragateiro, Mariana Pestana, Pedro Jervell, Rui Mendes
    Moderador: André Tavares

    16h30 | intervalo

    16h45 | Quarto painel (Educação — Incluir)
    Delfim Sardo, Isabel Carlos, Inês Marques, Joaquim Moreno, Miguel von Hafe Pérez
    Moderador: Paulo Pires do Vale

    18h30 | encerramento da sessão

  • 15 Outubro (ação formativa*)


    09h15 | Abertura do secretariado – registo dos participantes
    09h30 | Debate / reflexão conjunta sobre os temas e as práticas de formação, com a participação dos moderadores/formadores
    11h00 | Intervalo
    11h30 | Apresentação de conclusões
    12h00 | Trabalho de avaliação
    12h30 | Avaliação da satisfação
    13h00 | Encerramento dos trabalhos

    * período reservado aos docentes e técnicos superiores inscritos na formação validada pela Direção Regional de Educação.
    Período de inscrição: 28-09-2022 a 06-10-2022
    Portal interagir
    Realiza-se: 14-10-2022 a 15-10-2022
    Local: Auditório do Centro Cultural e de Congressos do Porto Santo

    Com o alto patrocínio da Secretaria Regional de Turismo e Cultura, esta formação tem o propósito de auscultar e estimular os agentes culturais e educativos para a necessidade de implementar práticas artísticas e interdisciplinares inclusivas e transversais a várias áreas do conhecimento e faixas etárias, interligando territórios e aumentando o diálogo inter-cultural, para uma efetivação mais adequada do poder social, educativo e cívico das artes.

     

     

Biografias

Ainhoa González (Barcelona, 1980)
É licenciada em História da Arte e mestre em Museologia e Gestão do Património Cultural pela Universidade de Barcelona. Atualmente gere o estúdio do artista Carlos Bunga, colabora como consultora no projeto Arquivo de Arquivos do artista Antoni Muntadas e é professora de Gestão de Artes Visuais na Faculdade de Humanidades da Universidade Internacional da Catalunha (UIC) desde 2015. Trabalhou durante doze anos no Departamento de Coleções do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA) como Curadora Adjunta da Coleção, realizando pesquisas para aquisições e liderando a equipa de coleções da plataforma L'Internacionale. Trabalhou para o CIMAM – Comité Internacional de Museus e Coleções de Arte Moderna e realizou diversos projetos de pesquisa e curadoria independente.

Ana Pedro Ferreira e Pedro Ribeiro (PONTO Atelier)
É um atelier de arquitectura no Funchal, formado pelos arquitectos Ana Pedro Ferreira e Pedro Maria Ribeiro.
O seu trabalho consiste num campo dinâmico de experimentação de projectos e ideias entre a memória do passado e o desenho contemporâneo.
Têm vindo a desenvolver um conjunto de projectos de varias escalas entre a habitação, espaço publico, cenografias e peças de mobiliário.
Em 2021 ganham o prémio FAD na categoria de instalações efémeras com o pavilhão INBETWEEN.
Foram um dos cinco ateliers de arquitetura convidados a participar no concurso nacional de curadoria para a Representação portuguesa na Biennale di Venezia 2020.
Em 2019 são convidados como membros do comitê de seleção de Obras Portuguesas da Bienal Ibero-americana e em 2021 convidados para fazerem parte do júri do opencall para selecção de representação portuguesa do Prémio Mies Van der Rohe 21/22
Foram professores e assistentes convidados na cadeira de Projecto na Universidade de Évora e ISCTE bem como em diversos workshops como W.A.V.E, IUAV em Veneza, Summer School Moytirra, em Ponta Delgada, Azores, entre outros.
Recentemente integram a exposição “os Novos Novos” com a curadoria do Arq. André Tavares , na Garagem Sul, CCB Lisboa.
Participaram em diversas conferências, conversas e exposições.
O seu trabalho tem sido divulgado em varias plataformas e publicações.

Ana Tostões
Arquitecta, crítica e historiadora da Arquitectura, foi presidente do Docomomo Internacional e editora do Docomomo Journal (2010-2022) tendo publicado 24 revistas temáticas sobre a documentação e conservação da arquitectura moderna no mundo. Durante o seu mandato, o Docomomo passou de uma organização maioritariamente eurocêntrica para uma rede de dimensão global coordenando mais de 70 países nos cinco continentes (www.docomomo.com).
Professora Catedrática no Técnico-Universidade de Lisboa onde é coordenadora da área científica de Arquitectura, do programa de Doutoramento e da linha de investigação em Arquitectura do centro de investigação CiTUA. É visiting Professor da Universidade de Toquio, da École Polytechnique Fédérale de Lausanne, Katholik University Leuven, da Escola Tècnica Superior d'Arquitectura de Barcelona, da Escola de Arquitectura da Universidad de Navarra e da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. O seu campo de pesquisa é a história crítica da arquitectura e do urbanismo modernos. Sobre estes temas, publicou livros e artigos científicos, foi curadora de exposições, participou em júris, comités científicos e realizou palestras em universidades Europeias, Americanas e Asiáticas.
Comissariou a Exposição “Arquitectura do Século XX em Portugal”, patente no CCB e no Deutsches Architektur Museum em Frankfurt. Publicou Os Verdes Anos na Arquitectura Portuguesa (FAUP, 1997) e Idade Maior, Cultura e Tecnologia na Arquitectura Moderna Portuguesa (FAUP, 2015) galardoada com o Prémio da X Bienal Ibero-Americana de Arquitectura y Urbanismo. Editou Arquitectura Moderna em África: Angola e Moçambique distinguido com o prémio Prémio Gulbenkian da Academia Portuguesa de História. Investigadora responsável do projecto “Curar e Cuidar” focado no estudo crítico dos equipamentos de saúde construídos em Portugal no século XX, reunidos no livro Cure & Care, architecture and health (2020).

André Tavares (Porto, 1976)
É arquitecto e doutorado pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Desde 2006 e coordenador da Dafne Editora, uma editora independente no Porto. Com Diogo Seixas Lopes foi director do Jornal Arquitectos entre 2013 e 2015 e curador-geral da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2016, The Form of Form. Entre as suas obras publicadas destaca-se o livro The Anatomy of the Architecutral Book (Lars Müller/Canadian Centre for Architecture, 2016), que explora as relações cruzadas entre as culturas do livro e da construção. Foi investigador associado no Institute for the History and Theory of Architecture da ETH de Zurique, onde escreveu o seu último livro Vitruvius Without Text (gta Verlag, 2022). Actualmente, é investigador na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, professor convidado na EAVT Marne-la-Vallée Université Paris-Est, em Paris, e programador das exposições de arquitectura na Garagem Sul do Centro Cultural de Belém, Lisboa.

Carlos Bunga (1976, Porto)
Frequentou a Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, em Portugal. Atualmente vive e trabalha perto de Barcelona. Bunga usa materiais produzidos em massa, como cartão, fita adesiva e tinta de paredes para produzir instalações site-specific e process-oriented. Emergindo de um diálogo com o espaço arquitetónico existente, estas estruturas efémeras são reminiscentes de maquetas arquitetónicas em tamanho real, ou de abrigos de rua temporários. Através do seu trabalho, Bunga incentiva o espectador a repensar a sua experiência do espaço e da arquitetura enquanto evoca a natureza transitória e frágil das estruturas urbanas. O seu trabalho foi apresentado em exposições coletivas no Artists Space, Nova York (2005); New Museum, Nova York (2007); Museu de Arte Moderna de Varsóvia (2009); Museu Nacional de Arte de Cardiff (2014) e o Guggenheim Bilbao (2016). Bunga participou na Manifesta 5 em San Sebastián (2004); inSite_05 no Museu de Arte de San Diego (2005); 14ª Bienal Internacional de Escultura de Carrara (2010); 29ª Bienal de São Paulo (2010); Artes Mundi 6 em Cardiff (2013); Bienal de Arquitetura de Chicago (2015) e VI Bienal de Gherdënia (2020). Bunga fez exposições individuais em vários museus, incluindo Pérez Art Museum Miami (2009); Pinacoteca do Estado de São Paulo (2010); Museu do Martelo, Los Angeles (2011); Museu Serralves, Porto (2012); Museu Universitário de Arte Contemporânea, Cidade do México (2013); Museu Amparo, Puebla (2014); Museu Haus Konstruktiv, Zurique (2015); Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (2015); MOCA, Detroit (2018); MAAT, Lisboa (2019); MOCA Toronto (2020); Whitechapel, Londres (2020); Secessão, Viena (2021); Schirn Kunsthalle Frankfurt e Palácio de Cristal, MNCARS, Madrid (2022)
A próxima exposição da Bunga, em 2023, acontecerá nas Bombas Gens em Valência.

Delfim Sardo (Aveiro, 1962)
É Curador e Professor na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e Administrador do Centro Cultural de Belém.
Doutorado em Arte Contemporânea pela Universidade de Coimbra, foi Consultor da Fundação Calouste Gulbenkian, Diretor do Centro de Exposições do Centro Cultural de Belém e Programador de Artes Visuais da Culturgest.
Foi curador da Representação Portuguesa à Bienal de Veneza em 1999 e co-curador da Representação Portuguesa à Mostra Internazionale di Architettura di Venezia em 2010, ano em que foi Curador-Geral da Trienal de Arquitetura de Lisboa.
Faz parte da equipa de especialistas da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea. É autor de vários livros no campo da Teoria da Arte. Escreve regularmente sobre Arte e Arquitetura.

Fernanda Fragateiro
Vive e trabalha em Lisboa. A sua prática envolve uma abordagem arqueológica da história social, política e estética do modernismo através de pesquisas continuadas com material de arquivos, documentos e objetos. Ao operar no campo tridimensional e desafiar a tensão entre escultura e arquitetura, a sua obra potencia a relação com cada lugar, colocando o espectador numa situação performativa. As suas intervenções esculturais e arquitetónicas em espaços inesperados (um mosteiro, um orfanato, uma casa em ruínas) e suas alterações subtis de paisagens existentes revelam histórias enterradas de construção e transformação. Alguns dos seus projetos resultam de colaborações com arquitetos, paisagistas, artistas e performers. A sua obra tem sido exposta em diferentes museus e instituições nacionais e internacionais: Bomba Gens Centre d’Art de Valencia, Galleria Nazionale d’Arte Moderna Contemporânea de Roma, Museu Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso, Museu de Arte Miguel Urrutia (Bogotá), Museu de Arquitetura, Arte e Tecnologia, CaixaForum (Barcelona), Palais des Beaux-Arts de Paris, Carpenter Center for the Visual Arts, Harvard University (Cambridge), The Bronx Museum of the Arts (New York), MUAC (Mexico City), CCB Lisboa, Fundação de Serralves, entre outros. A sua obra está representada em várias colecções: Coleção de Arte Contemporânea do Estado, Portugal; Fundació Per Amor a l’Art, Valencia; Per The Ella Fontanals Cisneros Collection, Miami; Fundación Neme, Bogotá; Fundação de Serralves; Fundação EDP; Fundação Calouste Gulbenkian; António Cachola Collection; Berardo Museum Collection,; Caixa Geral de Depósitos; Centro Galego de Arte Contemporanea; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía; Marcelino Botín Foundation; La Caixa, Barcelona; Fundación Helga de Alvear. A artista é representada por Galeria Elba Benitez (Madrid), José Bienvenu Gallery (NewYork), Galeria Filomena Soares (Lisboa) e Irène Laub Gallery (Bruxelas).

Filipa Oliveira
É desde 2003 curadora de arte contemporânea, tendo colaborado como curadora independente e programadora para inúmeras instituições nacionais e internacionais. Comissariou mais de 150 exposições em instituições como: Casa da Cerca (Almada), Centro Cultural de Belém (Lisboa), Kettle’s Yard (UK), John Hansards Gallery (UK), Tate Modern (UK), Fundação Calouste Gulbenkian Centro de Arte Moderna (Lisboa), Fundação Carmona e Costa (Lisboa), Fundação Eugénio de Almeida (Évora), Fondation Calouste Gulbenkian (Paris), Museu Colecção Berardo (Lisboa), Crac Alsace (França), Kunstverein Springhornhof (Alemanha), Ffotogallery (UK), Mead Gallery (UK), Frieze Projects (UK), Stills Gallery (UK), entre outros.
Desde 2018 é Curadora e Programadora de Artes Visuais da Câmara Municipal de Almada, tendo a seu cargo a direção artística da Casa da Cerca, Galeria Municipal de Almada e Convento dos Capuchos. Entre 2015 e 2017 foi diretora artística do Fórum Eugénio de Almeida em Évora. Foi curadora assistente na 28ª Bienal de São Paulo em 2010 e em 2012 foi curadora convidada do projeto Satellite no Jeu de Paume, Paris onde comissariou exposições individuais de Jimmy Robert, Tamar Guimarães, Rosa Barba e Filipa César. Em 2022 foi co-curadora com Elfi Turpin do Anozero bienal de arte contemporânea de Coimbra.
Tem uma extensa lista de participações em catálogos e publicações. Escreveu ensaios e críticas de exposições para Arte Contexto, Contemporary, Flash Art, L+Arte, Revista Contemporânea e Artforum.

Francisco Fonseca (n.1978)
Foi aprendiz do artista irlandês Patrick Healy e do pedreiro holandês Carl Giskes, na Free International University de Amsterdão, em 2004. Obteve o mestrado em arquitetura pela Universidade de Tecnologia de Delft. De 2009 a 2019 Fonseca desenvolveu atividade nas áreas das artes, arquitetura e construção experimental na oficina Skrei. O trabalho da Skrei foi exposto na Fundação Calouste Gulbenkian, Museu de Arquitectura Arte e Tecnologia, Museu do Chiado, Royal Academy of Arts, Swiss Architecture Museum, Matadero, e University of Columbia. Em 2020, Fonseca deu continuidade à sua atividade na nova oficina exploratória — Pedrêz — vocacionada para o estudo da ontologia, materialidade e autosuficiência da habitação, com propostas realizadas no âmbito da arquitetura cultivável.

Inês Marques
Nasceu em Lisboa, em 1988. Arquitecta com Mestrado Integrado em Arquitetura de Interiores pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (FA-UTL). O seu percurso profissional teve início na Trienal de Arquitectura de Lisboa na sua terceira edição Close, Closer. A partir de 2014 passa a coordenar o evento Open House Lisboa e em 2015 leva a iniciativa para o Porto. Em 2017, ainda na Trienal, passa a ser responsável pela organização do Prémio Valmor e Municipal de Arquitectura em conjunto com a CML. Em 2019 é convidada a integrar a equipa da Fundação Centro Cultural de Belém onde é coordena o serviço educativo e programa público da Garagem Sul – Exposições de Arquitectura. Em 2022 faz parte da equipa coordenadora da EPA, e lança a rede de Educação Pela Arquitetura que conta com o apoio do Plano Nacional das Artes e da Ordem dos Arquitetos.

Isabel Carlos
É licenciada em Filosofia pela Universidade de Coimbra e mestre em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa com a tese «Performance ou a Arte num Lugar Incómodo» (1993). Crítica de arte desde 1991. Assessora para a área de exposições de Lisboa’94 – Capital Europeia da Cultura. Foi co-fundadora e subdirectora do Instituto de Arte Contemporânea, tutelado pelo Ministério da Cultura (1996-2001). Foi membro dos júris da Bienal de Veneza (2003), do Turner Prize (2010), The Vincent Award (2013), entre outros. Co-seleccionadora do Ars Mundi, Cardiff (2008).
Entre as inúmeras exposições que organizou e catálogos que publicou destacam-se: Bienal de Sidney «On Reason and Emotion» (2004), «Intus» de Helena Almeida, Pavilhão de Portugal, Bienal de Veneza (2005), «Provisions for the Future», Bienal de Sharjah (2009). Entre 2009 e 2015 foi directora do CAM_Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.

Joaquim Moreno (Luanda 1973)
É Arquitecto pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, Master pela Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Barcelona e Doutor em Teoria e História da Arquitectura pela Universidade de Princeton. Desenvolveu atividade docente na Universidade de Columbia, Universidade de Princeton, Universidade de Syracuse, Universidade do Minho, Universidade Autónoma de Lisboa, ISCTE e Architectural Association. Actualmente é Professor Auxiliar na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Foi curador, com o filósofo José Gil, da representação Portuguese na Bienal de Arquitectura de Veneza em 2008, e com Paula Pinto, da exposição Carlo Scarpa, Túmulo Brion – Guido Guidi na Garagem Sul do CCB em Lisboa em 20015, e curador e responsável pelo livro homónimo de The University is Now on Air, Broadcasting Modern Architecture, no Canadian Centre for Architecture, em 2018. O livro e a exposição Radar Veneza: arquitectos portugueses na Bienal 1975-2021, com coordenação editorial e curadoria conjunta com Alexandra Areia, é o mais recente resultado publicado de um longo trabalho de investigação sobre arquitectura e media, e a exposição Contadores de Histórias, no MAAT, investigou as arquiteturas da energia. A investigação sobre as arquitecturas da aprendizagem, que começou no contexto de investigação colectiva recentemente publicado como Radical Pedagogies, continua actualmente com o projecto expositivo e editorial Sala de Aula: uma visão adolescente.

Mariana Pestana (1982)
É arquitecta, curadora e investigadora. Doutorada em Arquitectura pela Bartlett School of Architecture (2019), fez Mestrado em Narrative Environments na Central Saint Martins, UAL (2010) enquanto bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, e é formada em Arquitectura pela FAUP, Universidade do Porto (2006). É co-fundadora dos The Decorators, um estúdio interdisciplinar que concebe objectos, workshops, eventos e edifícios através de processos colaborativos que investigam noções de lugar, comunidade e comensalidade. Foi curadora geral da 5a Bienal de Design de Istanbul Empathy Revisited: designs for more than one (2020-21) que comissariou intervenções no espaço público, instalações, projectos de investigação e uma série de filmes sobre solidariedade interpessoal e interespécies. Em 2020, editou o livro Fiction Practice: Prototyping the Otherworldly (Onomatopee, 2020) na sequência da curadoria de um programa para a Bienal de Design do Porto. Em 2019 foi co-curadora da exposição Eco-Visionários (MAAT, Lisboa, Matadero, Madrid e Royal Academy, Londres). Entre 2015 e 2019 trabalhou como curadora no Departamento de Arquitectura, Design e Digital no Victoria and Albert Museum onde foi co-curadora das exposições The Future Starts Here (2018) e This Time Tomorrow (Davos, 2016). Deu aulas na Central Saint Martins e Chelsea College of Arts entre outras universidades, e actualmente é Professora Assistente Convidada no Instituto Superior Técnico em Lisboa.

Miguel von Hafe Pérez
Licenciado História da Arte/Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Curador/ensaísta. Entre 1988-1995 colaborou com Fundação de Serralves, coordenou o Serviço Educativo e foi assistente do diretor artístico. Entre 1995/1998 foi diretor artístico da Fundação Cupertino de Miranda/V. Nova de Famalicão. Responsável pela área de Artes Plásticas, Arquitetura e Cidade do Porto 2001, Capital Europeia da Cultura. Comissaria a representação portuguesa à 25ª Bienal de São Paulo. Responsável pelo projecto de arquivo sobre arte contemporânea em Portugal intitulado anamnese (www.anamnese.pt) - o site e o livro, desenvolvido para a Fundação Ilídio Pinho. De 2002/05 fez parte da mesa curatorial do Centre d’Art Santa Mónica/Barcelona onde comissariou projectos de Antoni Abad, Helena Almeida, Graham Gussin, Maria Nordman, Filipa César, Runa Islam e João Tabarra. Director do Centro Galego de Arte Contemporánea de Santiago de Compostela (2009-2015), onde programou exposições de Jeff Wall, Gilberto Zorio, Anna Maria Maiolino e Mark Manders ). Curador de exposições de Ricardo Basbaum, Graham Gussin, Miguel Palma e Cristina Garcia Rodero. De 2013/18 foi assessor da Colección Fundación Arco, Madrid. De 2019/22 fez parte da Comissão de Aquisições para Núcleo de Arte Contemporânea da Câmara Municipal de Lisboa. Recentemente comissariou as exposições a sul de hoje – arte portuguesa contemporânea (sem Portugal) para a Gulbenkian, Paris; Julião Sarmento. No fio da respiração, Galeria Municipal de Matosinhos; Álvaro Lapa. No Tempo Todo, no Museu de Serralves; Criteria. Obras da Fundación Arco no Torreão Nascente da Cordoaria; Intersticial – diálogos no espaço entre acontecimentos, Centro de Arte Oliva, O Olhar divergente, Arquipélago, Açores; Pedro Tudela, AWDI'T?RJU, Maat, Lisboa; Ilhéstico na Porta 33 e na cidade do Funchal; Miguel Palma (Ainda) o desconforto moderno, Museu Coleção Berardo, velvetnirvana, Pavilhão Branco e Irradiação Vieira, Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva.

Nicolás Paris
Nasceu em Bogotá, Colômbia, em 1977.
O trabalho de Nicolás Paris está intimamente ligado a questões de aprendizagem coletiva. O seu método de trabalho, baseado principalmente no diálogo, na arquitetura incompleta e no ato de desenhar e cultivar, procura construir ambientes de troca, produção de reflexões e novas formas de estar juntos. No início de 2017 fundou o Instituto de Aprendizagem Radical (InPAR): um local para mobilizar processos colaborativos e facilitar a ativação de grupos de estudos. Entre as suas exposições individuais incluem-se as realizadas nas instituições Govett-Brewster Art Gallery, New Plymouth, Aotearoa / Nova Zelândia. (2019); CaixaForum, Barcelona, Espanha (2017); Petricor, NC Arte, Bogotá, Colômbia (2016); Museu Coleção Berardo, Lisboa, Portugal (2015-2016); Kadist Art Foundation, Paris, França (2013); Museo Universitario Arte contemporâneo, Cidade do México, México (2012); entre outras. Também desenvolveu projetos para a XII Bienal de Havana, I Bienal de Arquitetura de Chicago, XXX Bienal de São Paulo, IX Bienal de Xangai, II Trienal Novo Museu, XI Bienal de Lyon, LIV Bienal de Veneza e VII Bienal do Mercosul . Participou nas residências: Fundação Kadist Paris; FAAP / 30ª Bienal de São Paulo; Museu como Residência Hub – Segunda Trienal do Novo Museu; Programa de Residência "Artistas Disponíveis" - 7ª Bienal do MERCOSUL. A sua obra integra coleções públicas e privadas como: MUSAC, León; Coleção Jumex, Cidade do México; Tate Modern, Londres; MoMA, Nova Iorque; La Caixa, Barcelona; Banco da República, Bogotá; Thyssen-Bornemisza Art Contemporary (TBA21), Viena; entre outras.

Nuno Faria
Curador. Atual Diretor Artístico do Museu da Cidade do Porto. Tem trabalhado em contextos institucionais e ao mesmo tempo desenvolvido projetos independentes em zonas periféricas no panorama artístico português. Depois de passar pelo Instituto de Arte Contemporânea do Ministério da Cultura e pela Fundação Calouste Gulbenkian, viveu e trabalhou no Algarve entre 2007 e 2012, onde foi responsável pelo programa de arte contemporânea do Allgarve 10 e 11, e onde também fundou (em Loulé, em 2009) o projecto Mobilehome - Escola de Arte Nómada, Experimental e Independente.
O seu percurso passa também pelo ensino, sendo docente no Instituto Politécnico de Tomar e no IADE. Até 2019, foi diretor artístico do CIAJG - Centro Internacional das Artes José de Guimarães. Foi distinguido com o Prémio de Crítica e Ensaística de Arte e Arquitectura AICA/Fundação Carmona e Costa, 2012/2013, pelo projecto editorial e crítico que coordenou para o volume Para Além da História, onde se consolida o programa expositivo do CIAJG. Nuno Faria tem vindo a colaborar regularmente com a Porta33 desde 1999.

Paulo David
Estabeleceu o atelier no Funchal, em 1996. Recebeu a sua maior distinção com a Medalha Alvar Aalto atribuída em Helsínquia em 2012; a sua obra foi considerada pelo júri como: “enraizada localmente, mas ao mesmo tempo universal. É um lembrete que a arquitectura pode ser calma, serena, lírica, poderosa e distante do espectáculo.”; o Prémio AICA//Ministério da Cultura em 2007 “pela vitalidade da sua obra pública no contexto insular, nacional e internacional” e também a mencionar o prémio Global Award for Sustainable Architecture em Paris, em 2017.
Pelo percurso do seu atelier, recebe referências que destaca como o texto de José Tolentino Mendonça “Saber ouvir os lugares” e o de Valter Hugo Mãe “Falar com os vulcões”.
O seu trabalho foi apresentado em várias exposições internacionais: Inverted Ruins que integrou a 15ª Bienal de Arquitectura de Veneza; Paisagem como Arquitectura na Garagem Sul, Centro Cultural de Belém, em 2015. Global Ends – Towards the Beginning na Gallery Ma em Tóquio, para assinalar o 25º aniversário da galeria; Contemplating the Void no Museu Guggenheim em Nova Iorque, 2010, comemorativa do 50º aniversário do Museu de Frank Lloyd Wright.
Foi Professor convidado em varias universidades internacionais, entre as quais a mencionar a École d’Architecture de Nancy; Universidade de Sassari em Alghero; Universidad Nebrija em Madrid; Escola de Arquitectura da Universidade Católica in Santiago, Chile; Escola da CIdade, São Paolo, Brazil; Cornell University College of Architecture, Art and Planning, Ithaca, New York, USA. É professor convidado na Scuola di Architettura, Polo di Mantova, Politecnico di Milano, Italia desde 2016 e no Instituto Superior Técnico, Lisboa, desde 2019.
Como complemento da sua actividade, é interventor, criando um Laboratório de Arquitectura Atelier Funchal, centrado em temas emergentes da sua cidade. Fundou e coordenou um atelier urbano denominado Gabinete da Cidade como consequência dos grandes incêndios ocorridos no Funchal.

Paulo Pires do Vale
É comissário do Plano Nacional das Artes. Docente, ensaísta e curador, é licenciado e mestre em Filosofia pela FCSH, Universidade Nova de Lisboa. Lecionou na Universidade Católica Portuguesa, no Departamento de Arquitetura da UAL e na Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich, onde coordenou a Pós -Graduação em Práticas Artísticas e Processos Pedagógicos. Escreveu «Tudo é outra coisa. O desejo na Fenomenologia do Espírito de Hegel» (Colibri, 2006) e inúmeras ensaios para livros, revistas e catálogos de exposições coletivas e individuais, em Portugal e no estrangeiro, focando-se na relação entre arte, educação e sociedade. Como curador, destacam -se as exposições «Ana Vieira, Muros de Abrigo» (Museu Carlos Machado, Ponta Delgada, e Centro de Arte Moderna — Fundação Calouste Gulbenkian, 2010 -2011); «Tarefas infinitas. Quando a arte e o livro se ilimitam» (Museu Calouste Gulbenkian, 2012); «Visitação. O Arquivo como memória e promessa» (Igreja de São Roque e Galeria de exposições temporárias — Museu de São Roque, 2014); «Júlio Pomar, Tratado dos olhos» (Atelier -Museu Júlio Pomar, 2014). Foi curador de «Ana Hatherly e o Barroco» (Museu Calouste Gulbenkian, 2017) e Museo de las Artes Universidad de Guadalajara (México, 2018); «Do tirar polo natural. Inquérito ao retrato português» (com Filipa Oliveira e Anísio Franco, Museu Nacional de Arte Antiga, 2018); ou ainda «Tarefas Infinitas. Quando a arte e o livro se ilimitam» (SESC e Biblioteca Brasiliana Mindlin — Universidade de São Paulo, Brasil, 2018). Fez parte do júri de prémios como o Prémio Artes Plásticas AICA — Ministério da Cultura, Concurso de Apoios Arquitetura, Artes digitais, Artes plásticas, Design e Fotografia da DGArtes ou dos Concursos de Bolsas da Fundação Eugénio de Almeida. Foi Membro do Grupo de Consultores da Direção -Geral das Artes para a seleção de Lista de Curadores convidados a apresentarem propostas para Representação Oficial de Portugal na 58.ª Bienal de Veneza, em 2019. Presidente da AICA — Portugal desde 2015.

Pedro Jervell
Arquiteto co-fundador do estúdio Gorvell. A Gorvell é um dispositivo de curiosidade que parte da dialética entre o Homem e o território, para refletir sobre a existência, a história, a sociedade e o meio. A diversidade da sua constituição que inclui desde arquitetos, a artesãos, passando por artistas e escritores, pretende que ao mesmo tempo que se resolvem problemas concretos — como o da técnica, do conhecimento e da cultura — seja também um lugar de imaginação, de reflexão e transformação. É um organismo em constante mutação, que se desenvolve através

Ricardo Carvalho (Lisboa, 19 Novembro de 1971).
É licenciado em Arquitectura (FA 1995) e doutorado em Arquitetura pelo Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa (IST 2012). É fundador do atelier Ricardo Carvalho Arquitectos & Associados, baseado em Lisboa. É professor do Departamento de Arquitectura da Universidade Autónoma de Lisboa, o Da/ UAL, e o seu actual director. Foi professor convidado de projecto em várias instituições como a BTU Cottbus, Alemanha, a UNAV Universidade de Navarra, Pamplona, Espanha, Carleton University, Canadá, o IUAV Veneza, Itália e a Escola da Cidade, S. Paulo, Brasil.
Foi também convidado para conferências e críticas académicas em várias escolas e instituições, tais como a Academia de Arquitectura de Mendrisio, a Academia de Belas Artes, em Munique, a EPFL Lausanne, o Politécnico de Milão, a Escola de Arquitectura Saint-Lucas, Ghent, a Faculdade de Arquitectura de Liubliana, o Museu Nacional de Brasília, a TUT Tallinn, entre outras. Publicou vários livros como “A Cidade Social” (Tinta da China 2014), “Time is the Raw Material” (IUAV 2017) e “Work Situation Process” (A+A 2021) e escreve regularmente sobre Arquitectura. O seu trabalho foi exposto no Royal Institute of British Architects, Londres, na Galeria Ozone, Tóquio, Japão, no MAAT, Lisboa e na Bienal de Arquitectura de Veneza, entre outros. Ricardo Carvalho foi nomeado para o Prémio de Arquitectura da UE Mies van der Rohe em 2015 e 2022 e para o Swiss Architectural Prize em 2020.

Rui Mendes
É arquitecto, tem atelier em Lisboa desde 2002. Com actividade essencialmente ligada à prática do projecto e ao ensino da arquitectura, tem projectos apresentados na Trienal de Lisboa 2010 e 2016 e na Bienal de Arquitectura de Veneza em 2012 e 2021.
O trabalho do Atelier tem sido desenvolvido em parcerias com Ateliers, Arquitectos, Artistas e Engenheiros. Desde 2010 tem desenvolvido trabalho em colaboração com a artista Fernanda Fragateiro (R9F6PBRANCO Pavilhão Branco- Museu da cidade 2013), parcerias com o arquitecto BAK GORDON, com o arquitecto Paulo David e desde 2019 com o arquitecto Bartolomeu Costa Cabral.
É co-editor do Jornal Arquitectos entre 2012-2015 e Co-editor do livro “Lisbon Ground” Veneza 2012. Diretor e fundador do Laboratório de Arquitectura aLab em 2017. Foi co-curador, com a arquitecta Marta Labastida, do Prémio Universidades Trienal de Arquitectura de Lisboa 2017. O projecto da Exposição do Concurso Universidades “Sines – Logistica à beira-mar” recebeu a selecção Prémis FAD 2017.
O projecto do “MERCADO-JARDIM” recebeu o 1º prémio no concurso para o novo Mercado de levante - alvalade sul, Lisboa, em 2016. O projecto do “MERCADO-JARDIM DE INVERNO” recebeu 2ºprémio no concurso para a renovação do Mercado de Santa Clara, Lisboa.
A obra “Casa em Santa Vitória, Beja” integra a Exposição: “falemos de casas: entre o norte e o sul” museu colecção berardo outubro 2010-janeiro 2011 da TRIENAL DE ARQUITECTURA DE LISBOA 2010; foi pré-seleccionada para a “V Bienal Iberoamericana de Arquitectura y Urbanismo, Montevideo.06.” e Prémio Municipal de Arquitectura de Beja em 2005.
Docente de Projecto na Universidade Autónoma de Lisboa e na Universidade de Évora. Com apoio da DGARTES desenvolveu investigação para a edição de 2OBRAS- Escola do Castelo e Edifício EPUL Martim Moniz, de Bartolomeu Costa Cabral, com parceria de Edição da Circo de Ideias.Bolseiro FCT, conduz investigação no ISCTE sobre “o projecto de Sines e a Cidade Nova de Santo André”.